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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Brasil tem custo mais caro de internet móvel entre países pobres


Reuters

O custo de pacotes de dados para celular no Brasil é o mais caro entre os países em desenvolvimento, segundo mostra um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), com informações compiladas pela Nokia Siemens.
De acordo com o levantamento, que cita dados de 2009, apenas no Brasil e no Zimbábue o preço médio do pacote de dados mensal passa dos US$ 120, o que deixa o país atrás de nações como Congo, Haiti e Bangladesh, país que tem o menor custo entre 78 listados no relatório. A média do preço mundial é de US$ 46,54 dólares.
O relatório da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) chegou ao preço médio considerando o custo total de propriedade de um pacote de tráfego de
2,1 MB de dados por mês.
"Existe uma grande variação, com alguns países oferecendo por menos de US$ 20 por mês e outros por mais de US$ 100", afirma o documento.
Os números fazem parte de um estudo global sobre como o uso de tecnologia da informação pode contribuir no combate a pobreza no mundo. Segundo a UNCTAD, as autoridades nos países em desenvolvimento deveriam dar mais importância ao setor de tecnologia da informação e comunicação na estratégia de redução da pobreza.
A entidade aponta que mais benefícios podem ser colhidos se for estimulada a criação de empresas de pequena escala com ajuda do governo.
"Micro empresas estão crescendo rapidamente em países de baixa renda e podem oferecer emprego de valor real à população com menos recursos e educação. Essas atividades incluem uso de aparelhos e reparos, manutenção de computadores pessoais e gerenciamento de lan-houses", explica o estudo.
Contudo, a organização lembra que poucos países em desenvolvimento estão envolvidos na fabricação e criação de serviços para a área. "As exportações de bens de tecnologia estão geograficamente muito concentradas. Na China, de longe o maior exportador do ramo, houve contribuição significativa da produção para a renda dos mais pobres".